Justiça autoriza Funrio a continuar no concurso

20/06/2010 13:59

A Justiça Federal do Distrito Federal autorizou a Funrio a continuar à frente da organização do concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A empresa teve o contrato rescindido em janeiro, depois que foi confirmada a ligação de funcionários da empresa com uma fraude que culminou na eliminação de 27 candidatos. Contudo, a decisão da juíza federal da 6ª Vara do Distrito Federal, Maria Cecília de Marco Rocha, que atinge os 109.793 inscritos na seleção, é provisória e passível de recurso.



A intenção da magistrada, segundo seu parecer, foi a de não prejudicar os demais candidatos a uma vaga na PRF, já que os envolvidos no golpe foram eliminados da seleção logo após a constatação das irregularidades com as folhas de respostas da prova. Segundo Maria Cecília, a rescisão do contrato com a Funrio atrasaria ainda mais o processo seletivo para preenchimento de 750 vagas de policiais rodoviários. Se a suspensão fosse mantida, uma outra empresa teria que ser contratada para assumir o concurso, o que implicaria em mais gastos para a União.

As provas da seleção para policiais rodoviários federais ocorreram em 18 de outubro. Após a confirmação da fraude, a PRF solicitou a rescisão com a Funrio por quebra do contrato. Apesar de ter atendido ao pedido da banca, a juíza determinou que o dinheiro arrecadado com as inscrições, cerca de R$ 3,8 milhões, sejam depositados na Conta Única do Tesouro. Por se tratar de uma decisão provisória, a Funrio e a PRF serão ouvidas novamente antes da sentença final. A assessoria de imprensa da PRF informou que o órgão vai aguardar o comunicado oficial para se pronunciar.

Segurança antigolpe

O governo decidiu reagir contra a onda de fraudes que envolvem os concursos federais, especialmente depois que a Polícia Federal desbaratou, na quarta-feira, uma quadrilha que agia há pelo menos 16 anos sobre grandes concursos federais. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, determinou ontem a criação de um grupo de trabalho para propor medidas de segurança para a realização das seleções públicas realizadas pelo governo. O objetivo é “reforçar a lisura e a transparência” das seleções, informou nota do ministério.

A Operação Tormenta, da PF, resultou na prisão de 12 integrantes de uma quadrilha e a eliminação de seis aprovados no concurso para agente da própria corporação. A quadrilha também fraudou os gabaritos da prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Receita Federal de 1994. Outros 10 exames, entre eles os das agências de Aviação Civil (Anac), de Energia Elétrica (Aneel) e de Inteligência (Abin), estão sob investigação. A juíza federal da 6ª Vara do Distrito Federal, Maria Cecília de Marco Rocha, que autorizou a Funrio a retomar o processo seletivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF), chegou a citar a operação da PF. Ela argumentou que, pela grandeza do concurso, é inevitável que existam tentativas de fraudes “por maior que seja a vigilância”.

 

Correio Braziliense

 

fonte: https://www.fenaprf.com.br/site/News.asp?CodNoticias=4901

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